terça-feira, 1 de setembro de 2009

010909 - DANDINHA, para Sempre!

DANDINHA, para Sempre! - Por: Pachelly Jamacaru
Fui aos meus arquivos que são de produções artísticas do Cariri e revisitei a obra poética, lírica e clássica de: Bernardina Vilar de Alencar Costa, ou, simplesmente a inesquecível “Dandinha Vilar”. Nascida no sítio Lameiro em 1922, Dandinha deixou uma obra literária de uma beleza ímpar. São poemas saudosos, sentimentais, escritos com as canetas do coração e as tintas da alma! Vejam essa pérola:




O RETRATO


Sala deserta, na penumbra imersa
E na parede um quadro pendurado;
Sobre os frangalhos de um tapete persa,
Lá no canto um piano empoeirado.

Contra os vitrais, na direção inversa,
Um móvel antigo, sujo, desbotado;
Como a mostrar cumprir sorte adversa
Um divã noutro canto abandonado.

Abri a porta. Entrei. Tudo era triste.
Na solidão apenas a certeza
De que mais nada ali já não tem dono.

Mas qual! Num desafio que assim resiste,
Um retrato sorrindo sobre a mesa
No mais letárgico e tétrico abandono.


Dandinha em vida publicou dois livros de sonetos. Publicou vários poemas em livros e revistas de circulação Caririense. Foi professora, vereadora e por dezoito anos exerceu mandato. É minha parceira musical. Estou gravando o meu terceiro CD em que estamos parceiro na música: Paralelas. Hoje, dia 21, de dezembro 1997, fazem dez anos que eu não diria de morte, mas, que ela foi chamada a escrever glórias-poéticas nas alturas! Então, temos por lá, como sabemos que em todo canto tem um cratense, uma adorável poetisa recitando para anjos boquiabertos!Foto Telma Saraiva//Divulgação.
Postado por Pachelly Jamacaru


Extraido do Blog do Crato

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