sábado, 20 de março de 2010

200310 - Psicologia no Cotidiano Ψ Bissexualidade Ψ Por J. César Mousinho Queiroz.

A Bissexualidade consiste na atração física, emocional e espiritual por pessoas tanto do mesmo sexo quanto do oposto, com níveis variantes de interesse por cada um, e à identidade correspondente a esta orientação sexual.Bissexual é portanto o termo aplicado a seres e, mais comumente, pessoas, que se sentem atraídos por ambos os sexos, servindo portanto de um quase meio-termo entre o hetero e o homossexual. O número de indivíduos que apresentam comportamentos e interesses de teor bissexual é maior do que se suporia à primeira impressão, devendo-se a pouca discussão desta situação essencialmente a uma tendência geral para a polarização da análise da sexualidade, tanto em nível acadêmico como, muito mais marcadamente, em nível popular, entre a Heterossexualidade e a Homossexualidade.

Bissexualidade tem como característica, um homem sentir-se atraído afetiva-sexualmante por mulheres, mas também para com os homens, sendo que o mesmo pode acontecer com as mulheres, ou seja, podem sentir atração por homens e por mulheres, e isso não significa um a relação ao mesmo tempo, ou seja, estar com os dois sexos. Ah! E não é por ai, como deve estar pensando, e sim com cada sentimento ao seu tempo, em seu lugar, digamos que no coração de um bissexual, tem lugar para amar todos.Para os heterossexuais, a bissexualidade, é “coisa de gente sem vergonha”, e para os homossexuais, é “coisa de homossexuais mal resolvidos”.Nem preciso salientar aqui, que o preconceito diante da bissexualidade fica extremamente escancarado, e rodeado por todos os lados.

Alguns mitos sobre bissexualidade são propagados entre as pessoas homossexuais e não correspondem a realidade.
Mitos são fatos exagerados pela imaginação popular e pela tradição. É uma forma de pensamento oposta a do pensamento lógico e científico. Vamos tratar de quatro mitos sobre bissexualidade.O mito mais comum, é que existe uma grande quantidade de homens que são bissexuais, a maioria enrustidos. Daí aparece uma expressão que ouvimos de vez em quanto de que; o mundo é gay! Pura imaginação. Na realidade a bissexualidade é uma orientação sexual muito pouco comum. As estimativas estatísticas dos estudiosos da sexualidade, não comprovadas cientificamente, é que a prevalência desta orientação junto as populações parece ser menor que 2%.
O bissexual sente atração sexual igual por homem e mulher! O que podemos observar na realidade é que o homem bissexual se sente atraído pelos dois sexos, só que há uma inclinação maior em termos de freqüência de relação sexual por um dos sexos. Parece que a inclinação maior é por mulheres.
Nas populações carcerárias existe uma maior incidência de homens gays e bissexuais! Este mito não corresponde a realidade. Nas prisões como os homens héteros são privados de sexo, eles mantém relações sexuais com outros homens, gays ou não, para aliviar à tensão provocada pela privação de sexo. Estas relações se caracterizam pelo sexo ativo puramente genitalizado: mecanico para obter o orgasmo. Não existe um envolvimento emocional nestas relações. Quando estes homens são libertados, fazem exclusivamente sexo hétero. Como nas prisões existem, também, homens gays surgem relações homossexuais com forte conteúdo emocional.

Mulheres e homens culturalmente e biologicamente foram feitos uns para outros,para se admirarem,respeitarem e desejarem, amarem e se unirem. Mas nem só de tradições se formam os grupos de uma sociedade, que às vezes, em busca de novos valores, realizações e fantasias, formam outros grupos, mesmo que , na verdade, menos participantes transparentes a vista da sociedade que estão inseridos.

Um estudo psicológico recentemente publicado pela Reuters em Nova York afirmou que a bissexualidade feminina não é uma fase de transição entre heterossexualismo e lesbianismo,

mas sim uma orientação sexual específica.

A importância da teorização de Freud está em desnaturalizar a sexualidade humana, demonstrando que todas as escolhas sexuais, como produções de desejo, seguem igualmente determinações inconscientes, não havendo o que se possa chamar de sexualidade normal, natural. Freud consegue isso demonstrando – a partir de material clínico observado – que a sexualidade humana, buscando o prazer, afasta-se do modelo da vida sexual animal, conforme uma economia que, atuando em seu benefício, “perverte” (altera, imprime novo modo de ser) a função da procriação animal. Freud, com a sua teoria da “perversão” – termo que se presta a muitas confusões e manipulado pelo preconceito, mas cujo sentido, no autor, é subversivo –, desenvolve a compreensão crítica segundo a qual não se pode falar de “conformidade à natureza” como critério da “normalidade” quando se trata da sexualidade humana, pois, em si mesma, a sexualidade humana é “perversa”, isto é, alterante, modificadora, transformadora, realizadora de mudanças relativamente ao modelo que predomina na natureza animal.
Ensina-nos Freud, sendo a pulsão sexual humana orientada pela diversidade e parcialidade, a sexualidade dos seres humanos é múltipla,desordenada, caótica. Nesse sentido, a sexualidade entre os seres humanos é simplesmente contrária à natureza reprodutiva do sexo animal, não havendo razão para se falar de natural/normal e patológico/anormal em matéria de sexo no reino humano. Será a cultura – e seu trabalho de sujeição à ideologia (o que Freud chamava de os Ideais: a tradição, a religião, a moral) – que procurará, domesticando as pulsões, enquadrar os indivíduos. Frases sobre bissexualidade:

A bissexualidade dobra a chance de ficar com alguém no sábado à noite." Woody Allen.”

Acabei de ler que sou bissexual. Não, eu sou hetero.... Torço para que chegue o dia em que as pessoas não se preocupem com a sexualidade alheia", Cantora Pink.

São Paulo, 19/03/10 Artigo XI- SIM Ψ A EMANCIPAÇÃO DA PONTA DA SERRA Ψ www.sosdorgaealcool.org Ψ psicocesamousinho@hotmail.com

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