terça-feira, 18 de maio de 2010

PT-SP define chapa ao Senado com Netinho ao lado de Marta

DANIEL RONCAGLIA

da Reportagem Local

Os partidos que apoiam o senador Aloizio Mercadante (PT) na disputa pelo governo de São Paulo irão lançar na próxima sexta-feira a chapa ao Senado com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) e o vereador Netinho de Paula (PC do B).

O evento, que acontece em um hotel no centro de São Paulo, foi agendado para o mesmo dia que o PSB fará o ato de lançamento da pré-candidatura do empresário Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), ao governo paulista. Os socialistas devem ter como candidato ao Senado o vereador Gabriel Chalita (PSB).

O PT chegou a pressionar o PSB pela retirada a candidatura de Skaf. A pressão aumentou depois da saída do deputado Ciro Gomes (PSB) da eleição presidencial. Agora, o PSB irá apoiar a petista Dilma Rousseff.

Setores do PT queriam Chalita como companheiro da ex-prefeita. Nas últimas semanas, Netinho chegou a fazer viagens pelo Estado ao lado de Mercadante. No entanto, Marta não acompanhou a dupla.

Pesquisa Datafolha, divulgada no dia 1º de abril, mostra Marta com 43% das intenções de voto. A seguir, com 25%, vem o senador Romeu Tuma (PTB), que concorre à reeleição. Logo após estão o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), com 22%, e Netinho, com 19%.

Foram pesquisados também os nomes de Chalita, que tem 8% das intenções de voto, do ex-chefe da Casa Civil do governo José Serra, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), com 6%, e de Ricardo Young (PV), ex-presidente do Instituto Ethos, com 3%.

A eleição de outubro renovará duas das três vagas ao Senado. O mandato é de oito anos. Eduardo Suplicy (PT) foi eleito em 2006.

Vice

Além do PT e do PC do B, Mercadante ainda conta com o apoio de outros oito partidos --PDT, PR, PRB, PT do B, PTC, PRP e PSL. Ele terá cerca de 7 minutos de televisão.

Mercadante precisa ainda definir quem será o seu vice. Na semana passada, Suplicy foi convidado para a vaga. Segundo ele, uma definição será tomada depois de conversas ao longo desta semana.

O senador afirmou que para aceitar a vaga uma de suas exigências será a transparência nas doações de campanha. De acordo com Suplicy, é preciso que as doações sejam divulgadas em tempo real pela internet durante a eleição. O senador também quer a garantia que de que não haverá o caixa 2.

A chapa puro-sangue petista em São Paulo esbarra ainda no PDT, que formalizou aliança com Mercadante com a promessa da vaga de vice. Dois nomes chegaram a ser indicados --a sindicalista Eunice Cabral, ligada aos trabalhadores do setor têxtil, e o ex-prefeito de Rio Preto Manoel Antunes. Segundo o presidente do PDT em São Paulo, deputado Paulinho da Força, o seu partido irá insistir na vaga.

Segundo pesquisa Datafolha, do dia 29 de março, o tucano Geraldo Alckmin tem 53% das intenções de voto, enquanto Mercadante aparece com 13%.

Celso Russomano (PP) tem 10%, Fabio Feldmann (PV), 3%, e Ivan Valente (PSOL), 1%. Skaf tem 2% se for candidato.

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br

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