Na última sexta-feira, 06 de agosto, o governador Cid Gomes, candidato à reeleição ao Governo do Estado, declarou que a justiça eleitoral está exagerando nas aplicações de alguns casos da Lei Complementar 135/10 (Ficha Limpa) em determinados indeferimentos de registro de candidatura. Indagado sobre quais situações se aplicavam como “exagerado”, ele citou o caso de seu correligionário, o deputado estadual Sineval
“O Roque, por exemplo, foi prefeito há 12 anos atrás e foi contratar quatro pessoas sem concurso público. Tudo bem, é errado, porque a lei diz, mas você impedir uma candidatura porque, há 12 anos atrás, uma pessoa porque contratou quatro pessoas sem concurso público, eu, sinceramente, acho que isso não é ficha suja. Ele errou, mas isso não é nenhum crime, a meu juízo, de roubo ou desvio de dinheiro, que são essas coisas que a gente precisa combater", justificou o candidato do PSB.
Depois das declarações do governador Cid Gomes, foi à vez de Ciro Gomes, deputado federal, sair em defesa do deputado estadual Roque. Ciro elogiou, na última segunda-feira, as ações de alguns tribunais regionais eleitorais do País que estão barrando candidaturas baseados na Lei da Ficha Limpa. No entanto, Ciro corroborou com a opinião do irmão, o governador Cid Gomes (PSB), que, conforme edição da última sexta-feira do Diário do Nordeste, declarou que a Justiça Eleitoral está exagerando na aplicação da referida norma em alguns casos. "Na verdade, a providência é correta, eu votei na Câmara Federal, porque a política se faz com decência, com compromisso ético. Agora, o que está acontecendo em alguns lugares é um exagero, que, na verdade, vira uma arbitrariedade", colocou. Para Ciro, "uma coisa é você ouvir o espírito da lei, você tornar inelegível quem tem a condenação em órgão colegiado, outra coisa é o deputado estadual Sineval Roque, no caso aqui do Ceará, que foi acusado de ter contratado, em Antonina do Norte, 12 anos atrás, seis funcionários sem concurso. Ou seja, sem nota nenhuma de improbidade administrativa".
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