quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Educação é a melhor maneira de combater a pobreza, diz Unesco Por Renata Giraldi, da Agência Brasil

Brasília – A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, afirmou que a educação é a melhor maneira de combater a pobreza. O assunto é tema da Conferência Mundial sobre Cuidados e Educação Infantil, em Moscou, na Rússia, onde estão reunidos representantes de 65 países. A ideia é fazer um balanço das ações em curso e definir o que deve ser feito para avançar até 2015.


Irina afirmou que a meta é fixar a atenção nos cuidados na primeira infância, principalmente para as crianças mais pobres. De acordo com a Unesco, a primeira infância vai do nascimento até os 8 anos de idade. É nessa fase da vida em que há o desenvolvimento do cérebro, segundo especialistas.

Até quinta-feira (29), os representantes dos 65 países participam de uma série de discussões sobre políticas de desenvolvimento, custos e financiamento, legislação, experiências regionais, qualidade e capacidade de resposta, exclusão e marginalização, além de monitoramento e avaliação.

“A educação é a melhor garantia para combater a pobreza. Não há espaço melhor para definir o desenvolvimento de uma pessoa do que os primeiros anos de vida de uma criança”, afirmou a diretora-geral da Unesco. “Esse é provavelmente um dos fatos menos divulgados na arena de decisão política e desenvolvimento.”

As informações são da Unesco. Irina alertou que os programas de educação destinados às crianças até 8 anos poderiam reduzir vários problemas futuros. Segundo ela, uma das principais preocupações é com as crianças ciganas, pois mais da metade delas está fora das escolas.

A diretora-geral disse que também há baixos percentuais de crianças matriculadas em várias regiões do mundo. Como exemplo, ela citou que, na África, apenas 15% das crianças estão na primeira etapa do ensino. Nos países árabes, o percentual sobe para 19%. Na Ásia Central, há 28% de crianças com menos de 8 anos em salas de aula e na Ásia o percentual é de 36%.

Edição: Juliana Andrade


(Envolverde/Agência Brasil)

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