segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

NOTA DE AGRADECIMENTO






Os familiares do saudoso João Sátiro de Sousa vem de público agradecer  à Câmara Municipal de Crato  e ao Executivo  cratense  pela  aprovação  e sanção   do   Projeto de Lei  de autoria do Vereador Raimundo Amadeu de Freitas( PT)  que denomina de Rua  João Sátiro de Sousa uma das artérias localizadas  no Bairro Novo Crato,  na cidade de Crato, de acordo com a LEI Nº 2.921/2013, de 20 de setembro de 2013.


NOTA: O vereador Amadeu de Freitas se fundamentou  na biografia do homenageado, descrita abaixo

João Sátiro de Sousa, um cratense genuíno. Por: Antonio Correia (Toinho)
João Sátiro de Sousa era seu nome completo, nascido no sítio Pai Mané município do Crato, em  28.06.1915 e falecido na sede do distrito de Ponta da Serra no dia 31.05.2013 aos  98 anos incompletos.
Era filho, neto e bisneto de cratenses que viveram nos Pés de Serra do Crato, mais precisamente, nos sítios Lameiro, Cafundó, Fundão e Pai Mané, durante o século XIX e início do XX.  Era um dos 21 filhos de Joaquim Sátiro de Sousa, sendo ele do seu segundo casamento com Maria Jacinta da Conceição (ou de Oliveira). Seu avô paterno se chamava Antonio Joaquim de Sousa que era filho de Joaquim Vitorino de Souza, do sítio Lameiro em Crato – CE. Do Antônio Joaquim originaram-se os Sátiro, Os Manuel e os Davi do sítio Pai Mané.
Seu João viveu toda sua existência entre o sítio Pai Mané, sítio Catigueira, Cidade de Crato, com uma pequena passagem pelo sítio Cabreiro em Santa Fé, e concluiu sua jornada na sede do Distrito de Ponta da Serra aonde veio a falecer, deixando eternas saudades.
No Pai Mané viveu sua infância, adolescência e fase adulta, se transferindo na década de 1960 para o vizinho sítio Catingueira, após morte trágica da filha Jacinta de apenas oito anos de idade vítima de disparo acidental de arma de  fogo por parte de um primo de mesma faixa de idade.
Da agricultura tirou o sustento da família numa pequena gleba de terra fruto de herança passada de geração para geração, no sítio Pai Mané, até os idos de 1960, quando resolve se desfazer dessa pequena propriedade para adquirir outra, no sítio Catingueira, que até hoje continua na posse dos seus herdeiros.
Casou-se em Crato no dia 04 de setembro de 1941 com a jovem Maria Correia de Araújo mais conhecida por Marieta, filha de José Correia de Araújo e  Leonília Correia de Araújo, moradores do mesmo sítio Pai Mané, ele com 26 anos de idade  e ela com 20.
Dessa união nasceram 11 filhos, a saber, Geovane, José Jaime, Antonio, João Eudes ( já falecido adulto e casado), Francisco Jairon. Maria Marilê, Maria Nailê, Maria Lêda, Maria das Graças, Maria do Socorro e Maria Jacinta (falecida aos oito anos de idade), e estes geraram 24 filhos e 38 netos, consequentemente, netos e bisnetos do casal João e Marieta.
Seu João e Dona Marieta tiveram um casamento que durou para a eternidade, dentro de uma harmonia não muito comum a boa parte dos casais.
Como produtor de Banana, tanto no Pai Mané como na Catingueira, ele deu grande contribuição ao município do Crato, ao ser um dos abastecedores desse importante produto no mercado do Crato durante várias décadas.
Era um homem alegre, divertido, bondoso, caridoso, acolhedor e respeitado por todos. Era um  amante da música, e um ouvinte assíduo de todas as noites do “Seresteiros do Brasil” pelas ondas da Rádio Educadora através do seu rádio de pilha no aconchego do alpendre de sua casa.
Deu sua contribuição também na parte religiosa ao participar dos principais eventos em louvor do Padroeiro São José de Ponta da Serra, desde as grandes festas das décadas de 30/40/50 até os dias que o peso da idade lhe permitiu.
Gostava da política, e tinha suas preferências, sem, no entanto, levar vantagens pessoais. Apreciava o futebol, que o acompanhava através da velha TV à bateria, e nos campos de futebol que ele mesmo incentiva aos filhos e vizinhos  a manter na sua própria terra.
Foi com certeza um bom filho, bom esposo, bom pai, bom avô, bom bisavô. Acolhia a todos em sua casa sem distinção de cor, credo ou tendência política.  
Está aí, portanto, uma pequena biografia do Sr, João Sátiro, um cratense genuíno que viveu  quase um século   sem nunca arredar o pé do seu torrão natal.
FONTES:
01. DHDPG Livro de casamentos de 1940 a 1944 p. 44;
02. DHDPG Livro de Casamentos – Banhos, de 1909 a 1910, p. 31;
03. DHDPG – Livro de Casamentos – microfilme 4129093 02204.





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